Quink, da Parker

Gosto de canetas de tinta permanente. Mas estas canetas para poderem ser usadas precisam de tinta. E de papel. E isso faz com que o gosto pelo objecto de escrita se estenda aos outros acessórios. Por esta razão o texto de hoje é dedicado a isso mesmo: tinta.

Uma das marcas que mais uso, escolha em que pesa bastante a sua ampla disponibilidade e o preço baixo é Quink, da Parker.

Praticamente desde o início da empresa a Parker comercializa tinta com o seu nome. Mas foi a partir de 1931 que se tornou política da empresa uma sólida aposta na produção de uma marca de tinta fortemente associada aos objectos de escrita fabricados. O nome escolhido, Quink, provém da junção das palavras Quick e Ink, referindo-se à principal distinção entre esta tinta e as concorrentes – a secagem rápida. O desenvolvimento desta tinta demorou 3 anos, a experimentação de 1021 fórmulas diferentes e custou 68 000 dólares.
Para além da Quink a Parker produziu duas tintas pouco consensuais, capazes de despertar ódios ou paixões, uma nos anos 30, para utilização com o modelo de caneta Parker 51 e em finais do séc. XX a Parker Penman. A primeira tinha um tempo de secagem muito inferior mas era altamente corrosiva e apenas utilizável na Parker 51. A segunda era uma tinta de cores intensas, fortemente pigmentada mas que tinha tendência a precipitar e entupir os alimentadores das canetas em que era usada.

De todas estas apenas a Quink é ainda produzida. Não me foi possível  consultar, até agora,um catálogo actual da Parker para confirmar em que cores esta tinta é ainda comercializada.

Referências: Shepherd, David; Shepherd, Mark; “Parker “51””; 2004; UK; ISBN 0-9546875-1-5




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