A Parker 45 foi
lançada em 1960. Com um design baseado num modelo criado pela Eversharp (marca
americana adquirida pela Parker em 1957). Foi fabricada em diversos
acabamentos, mantendo-se muito fiel ao seu design inicial. A vida deste modelo
no mercado foi das mais longas da história das canetas de tinta permanente,
durando 47 anos.
Materiais – Esta caneta, neste acabamento,
é feita de aço, tanto o corpo como a tampa. A secção é de plástico. Toda a
caneta tem um aspecto sólido apesar do acabamento ser susceptível de se riscar.
Mas isso é algo que faz parte da utilização das canetas enquanto objecto de
escrita e de não as usar apenas como objectos de colecção. Muito resistente a
quedas e amolgadelas. Num primeiro contacto pode suspeitar-se da resistência da
rosca da secção na junção com o corpo (plástico em metal) mas, após muito uso e
várias canetas experimentadas, com diferentes níveis de utilização, nunca
encontrámos nenhuma que apresentasse um desgaste excessivo nesta rosca. 20/20
Aparo
– Neste exemplar específico o aparo é de aço, banhado a ouro,
embora existam aparos de ouro maciço e outros mesmo em aço não dourado. Os aparos
podem ser trocados com facilidade entre canetas. O aparo é pequeno a
assemelha-se a uma pequena seta estando parcialmente coberto pela peça onde se
inclui o alimentador. Muito rígido, sem qualquer flexibilidade. Não tem uma
grande superfície adequada a uma escrita suave, estando esta reservada a quase
apenas um ponto. Mas neste ponto o desempenho é dos melhores que já
experimentei. 20/20
Parker 45 - Aparo M
Pormenores
– O aparo. Numa época em que a utilização de canetas de tinta
permanente começava a diminuir era preciso garantir a criação de uma caneta que
permitisse voltar a atrair os potenciais utilizadores. Uma destas
características foi a utilização de um aparo resistente e de pequenas
dimensões, colocado numa peça que integrava o alimentador e que podia, em caso
de necessidade, ser facilmente mudado pelo utilizador, sem que este precisasse
de possuir conhecimentos sobre a mecânica das canetas de tinta permanente.
Adicionalmente este aparo tinha a vantagem de, devido à su a rigidez e
dimensões, ser mais resistente a alguma pressão excessiva que podia ser
exercida pelos utilizadores entretanto habituados a escrever com
esferográficas, exercendo mais força (decorrente quer do tipo de tinta e de
caneta, quer do estado de evolução das recargas das esferográficas ainda longe
do óptimo). 20/20
Sistema
de enchimento – O enchimento desta caneta faz-se por cartuchos de tinta ou conversor.
Este sistema hoje em dia comum em canetas da Parker (e de muitas outras marcas)
era, na altura, relativamente novo e foi a primeira vez que teve real sucesso.
Numa altura em que, com as esferográficas, surgiu muito mais o hábito do
descartável, a Parker assumiu o risco e criou uma caneta com um sistema de
enchimento simples e mais limpo do que o enchimento a partir do tinteiro. No
entanto, para os utilizadores mais puristas, manteve a possibilidade de usar o
conversor que fazia a caneta comportar-se como se possuísse o sistema
“aerometric”. 20/20
Parker 45 - Desmontada; com conversor de pistão
(Continua no post seguinte)
Tenho uma igual. É dos modelos que mais gosto.
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