A Parker T1 nasce em 1970 sob a supervisão de Don Doman, director de design da Parker. Na época vivia-se o auge da corrida espacial e os Estados Unidos da América preparavam mais missões espaciais. Foi esta exploração espacial que serviu de inspiração ao design e materiais usados nesta caneta.
O titânio era então um dos materiais usados nos equipamentos espaciais, devido à sua resistência e leveza, sendo a sua utilização no fabrico de canetas uma verdadeira inovação. E a
Parker, ao mesmo tempo que inovou, arriscou. A escolha do material não poderia ter ido mais em direcção aos interesses e à atenção dos consumidores. O próprio design era único, com o aparo e secção feitos de uma só peça, com um parafuso no alimentar a permitir regular o fluxo de tinta. No entanto, o ponto fulcral de inovação nesta caneta foi também o factor que a sentenciou – o facto de ser a primeira caneta em titânio.
A dificuldade em obter folhas de titânio com uniformidade e qualidade adequadas foi um problema. Outro foi a falta de experiência no trabalho deste material. Mais duro do que os materiais habituais, provocou um desgaste inesperado na maquinaria, aumentando tremendamente as necessidades de manutenção e os custos de produção; custos esses que chegaram a ser tão elevados ao ponto do custo de fabrico da caneta ultrapassar o preço de venda. Para além disso, o titânio não se mostrou ser um bom condutor de tinta, tornando a T1 uma caneta de fluxo irregular.
Estes factores destinaram a T1 a ser produzida por pouco mais de um ano, sendo descontinuada em 1971. Foi, no entanto um marco na história dos objectos de escrita.
Referências: